quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deixarei


Deixarei-te, mansamente, partir porque em mim tudo está terminado
E não estará mais em meus pensamentos enquanto durmo
Deixarei que morra em mim todo o desejo de te amar incessantemente
Porque esgotou-se em mim a última gota de amor
Tua mão tocará outra mão, tua boca osculará outros lábios
E minhas mãos não tornarão a aquecer os teus seios

Serenamente, deixarei que tente, desesperada, encontrar-me em alguém
Mas o teu corpo não tornará a confundir-se com o meu
Deixarei para que te possuam "mera atriz"
Mas fui eu quem te possuí como ninguém mais possuirá
Porque pude partir inteiro, fazendo de ti metade.

Deixarei para ti, como herança desse amor extinto
As lembranças do amor que um dia foi perfeito
Porque haverá sempre um pouco de mim em ti
Translucidamente, eternizado.

Eduardo Filho
23/11/2011

3 comentários:

  1. Muito bonita suas poesias Eduardo!
    Parabéns, você tem muito talento, invista nesse caminho e quem sabe futuramente lançará um livro, não é? Estou na sua torcida.

    Abraços
    Lisbéria Adriano

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  2. Linda mesmo tua poesia! parabéns! :* Roberta F.

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  3. Nossa adorei, ta faltando umpouco de romantismo na nossa vida. muito bom, continue divulgando seu talento.

    Yanara de Souza

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